terça-feira, 27 de setembro de 2016
quarta-feira, 23 de setembro de 2015
Jovem inventor paraense participará do programa Caldeirão do Hulk
O jovem
paraense Edivan Alves, natural de Moju, viajou nesta quarta-feira, 23, às 9h,
do Aeroporto Internacional de Belém rumo ao Rio de Janeiro, para participar da
gravação da 4ª edição do quadro “Jovens Inventores” do programa Caldeirão do
Hulk, da Rede Globo. O estudante apresentará em rede nacional o filtro de água
desenvolvido a partir do carvão ativado obtido na queima do caroço de açaí. A
invenção foi desenvolvida em 2013, no Clube de Ciências da Escola Estadual
Ernestina Pereira Maia, em Moju, e rendeu ao estudante o primeiro lugar da 17ª
edição do Prêmio Jovem Cientista na modalidade Ensino Médio, prêmio que foi
entregue pela presidente Dilma Roussef no mesmo ano.
A
produção do Caldeirão do Hulk visitou, em junho, os municípios de Moju e
Abaetetuba para gravar algumas cenas na casa da família de Edivan e no Clube de
Ciências, com o intuito de mostrar os caminhos percorridos pelo estudante até a
conclusão do projeto científico. O jovem inventor terá a chance de ganhar um
prêmio no valor de R$ 30.000,00, no quadro “Jovens Inventores”.
O
trabalho “Carvão de caroço de açaí (Euterpe oleracea) ativado quimicamente com
hidróxido de sódio (NaOH) e sua eficiência no tratamento de água para o
consumo” tem como objetivo usar o caroço de açaí para desenvolver um tipo de
carvão capaz de filtrar a água e torná-la apropriada para o consumo da
população que não dispõe de sistema de água tratada, melhorando a qualidade de
vida em áreas onde o saneamento básico ainda é precário.
Na época
do estudo, a pesquisa revelou que 64% das pessoas afirmaram ter contraído algum
tipo de doença pela ingestão de água não tratada e 57% manifestou diarreia
infecciosa, seguida de verminoses, cólera, leptospirose e hepatites,
confirmando que o líquido não é potável. Assim, o resultado desse trabalho, que
é o carvão resultante do caroço de açaí, submetido a vários experimentos
químicos, pode contribuir para a prevenção de inúmeras doenças e, consequentemente,
para a melhoria da qualidade de vida da população local.
Além
disso, o caroço de açaí representa uma nova alternativa de matéria-prima na
fabricação de carvões ativados, movimentando a economia na região e promovendo
também a sustentabilidade na produção de açaí, já que o fruto é muito consumido
pela população da região.
Em 2013,
quando ganhou o prêmio, Edvan Alves era aluno do 2º ano do Ensino Médio da
Escola Ernestina Pereira Maia, onde começou a realizar a pesquisa e desenvolver
a parte teórica do projeto. Na época, ele foi convidado pelo seu professor
orientador Valdemar Carneiro para desenvolver a parte prática do projeto no
Clube de Ciências do município de Abaetetuba, a 25 Km de Moju, que funciona em
regime de convênio com a Secretaria de Educação do Pará (Seduc) e onde são
desenvolvidos inúmeros projetos científicos de alunos de escolas públicas da
região.
Atualmente,
com 21 anos, Edivan é aluno do curso de Engenharia Química da Universidade
Federal do Sul e Sudeste do Pará (Uniffesp), estuda no campus de Marabá e
integra o programa de Iniciação Científica da Universidade, onde pretende
aprimorar sua pesquisa e contribuir ainda mais para o desenvolvimento
científico da região norte e do Brasil.
O jovem inventor fala da
importância de sua participação em um programa nacional. “É uma honra
apresentar o meu trabalho e poder representar o meu estado, o meu município,
Mojú, e a Região do Baixo Tocantins que sempre nos impressiona com a quantidade
de projetos e pesquisas científicas desenvolvidos. Eu quero que essa
participação em programa de visibilidade nacional sirva de incentivo a outros
estudantes do estado”, destacou Edivan Alves.
Eliane Cardoso
Secretaria de Estado de Educação
Secretaria de Estado de Educação
sexta-feira, 4 de setembro de 2015
MINHA ESCOLA NÃO TEM RECURSOS, COMO FAZER PESQUISA?
A falta de estrutura na escola não é uma realidade fácil de encarar, e pode tornar complicado o desenvolvimento de pesquisas que muitas vezes necessitam de um laboratório onde estudantes possam desenvolver suas ideias. Mas se você está nessa situação, vamos tentar pensar em uma forma de contornar isso? Existem algumas maneiras de conseguir meios adequados para fazer uma pesquisa, e saiba, sua força de vontade será a arma mais importante nessa empreitada.
1. Busque ajuda
Converse com seus pais, professores, coordenadores e diretores da escola. Conte para seus amigos e para os amigos dos seus amigos. Peça para que todos o ajudem. Mobilize sua comunidade!
2. Tente parcerias
Entre em contato com outras escolas, professores de universidades, laboratórios de pesquisa e empresas da área. Apresente sua ideia e veja se eles podem colaborar deixando que você utilize as instalações e equipamentos deles para desenvolver seu projeto. Esteja preparado para ouvir nãos, mas não se deixe abater! Continue tentando até encontrar a porta certa.
3. Invente
Tenha seu momento Eureka! Volte uma casa e pense em como fazer um experimento ou uma análise com os recursos que você possui hoje. Mesmo que pareça difícil demais, tente. Imagine diversas maneiras de se fazer a mesma coisa, filosofe sobre o problema e tente encontrar uma solução tangível. Se for preciso, ajude sua escola a consertar um equipamento. Use sua criatividade para superar os obstáculos e desenvolver seu projeto. Conte sua trajetória para as pessoas que escutarem sobre seu trabalho e tenha certeza de que isso será reconhecido.
4. Adversidades a seu favor
Às vezes algumas adversidades podem favorecer o desenvolvimento do seu projeto. Não é raro encontrarmos trabalhos que façam uso de materiais recicláveis, por exemplo, e que conseguem deixar o projeto mais barato e atrativo, além de oferecer uma alternativa viável para um material cujo descarte é inadequado. Outras vezes, ao tentar pensar em novas formas de se resolver um problema por falta de recursos, consegue-se descobrir soluções mais simples e eficientes, que se tornam um grande diferencial na pesquisa.
5. Não largue sua ideia por nada!
Se você acredita na sua ideia, continue tentando colocá-la em prática. Nós sabemos que nem sempre é fácil fazer ciência, ainda mais como pré-universitário. Mas se pesquisar é realmente uma paixão para você, não desista. Deixe que sua paixão seja a motivação para você continuar seguindo em frente. Nesse processo de superação, você vai perceber que está desenvolvendo mais do que uma pesquisa. Você está se desenvolvendo como pessoa, e isso possui um valor enorme.
Nós, da ABRIC, esperamos poder apoiar e contribuir cada vez mais para que jovens construam um mundo melhor com suas ideias, e por isso torcemos muito para que você não desista. Por mais que às vezes seja difícil perceber, é possível fazer a diferença sim!
CRÉDITOS ABRIC